PÉROLA DA AMÉRICA

    

Dedico este soneto ao Nicó de Caruaru 
e a todos os poetas negros, meus compatriotas.


Da terra virgem, solo fecundante
Brotou o grão verde, pérola da América
Que as mãos dos negros nesta tera homérica,
Bravas se ergueram no Brasil gigante.

Utópico penhor, sonho distante,
Castro Alves a versar canção quimérica
Buscando a liberdade. E em volta esférica
Colombo abriu a América triunfante.

E a brava gente do afro-continente
Portinari pintou pra eternidade
Mostrando o grão precioso como é.

Na tela o negro afro-descendente
De que Zumbi se fez identidade
Como este negro lavrando o café.



* Imagem: O lavrador de Café, de Cândido Portinari.
LordHermilioWerther
Enviado por LordHermilioWerther em 11/08/2009
Reeditado em 05/11/2013
Código do texto: T1748135
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