SONETO DO AMOR JURIDICO

Não estando sujeito o amor a prescrição...

Nem se podendo amar sozinho, à revelia...

Tampouco querer-se ter domínio, jurisdição...

Não cabe justificar sentimento como mais-valia...

Desnecessário, aqui, doutorado, proficiência...

Ao coração impossível desdobro ou loteamento

Descarto a tese argüida quanto a decadência

Injustificável contestar que pode haver sofrimento

Admissível, entretanto, nova reconvenção

Assim como reapresentar outra petição inicial

Só não se condene nenhum sentimento a reclusão

E tendo amplo conhecimento de toda prova e fato

Da decisão não caberá agravo ou recurso especial

Amem-se!... Dê-se ciência da sentença que prolato...

Pedro Galuchi
Enviado por Pedro Galuchi em 11/08/2009
Reeditado em 13/08/2009
Código do texto: T1747883
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