O OUTRO LADO DA NOITE
É difícil abrir a porta
Quando não resta nitidez
Na boca da noite exposta
Esgarça-se embalsamando a lucidez.
Enrosca-se no lençol de morta
Despudorada mesquinhez
Tinto sangue na costa
Tinta rouge em sua tez.
Vermelho. Carne crua
Leiloada... Vendida
Encontra-se exposta, nua.
Cruel preço, cruel vida.
Fôra por todos... usada
Hoje, a deixaram abandonada.
Obra: Suspiros Poéticos
Angela Pastana...poeta paraense