O OUTRO LADO DA NOITE

É difícil abrir a porta

Quando não resta nitidez

Na boca da noite exposta

Esgarça-se embalsamando a lucidez.

Enrosca-se no lençol de morta

Despudorada mesquinhez

Tinto sangue na costa

Tinta rouge em sua tez.

Vermelho. Carne crua

Leiloada... Vendida

Encontra-se exposta, nua.

Cruel preço, cruel vida.

Fôra por todos... usada

Hoje, a deixaram abandonada.

Obra: Suspiros Poéticos

Angela Pastana...poeta paraense

Angela Pastana
Enviado por Angela Pastana em 09/08/2009
Código do texto: T1745420
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