Lágrimas da Decepção

Quando a vi envolta nos braços de outro,

Tu a quem me dediquei por completo,

Quem vi como adornada em ouro,

Tornou-se do amor algo infeto.

Então reclamei que o tempo não retorna!

Que as pessoas que magoei para tê-la,

Não mereceram o descaso que ademais,

Condenou-me ao calabouço da mofa.

E de novo na nau do desespero me vejo,

A navegar pelas águas turvas e revoltas,

Do mar do escárnio onde melhor velejo.

Vão-se, pois, as boas recordações...

Ficam-se o desprezo e as tristezas

Regadas de lágrimas das decepções.