DE PAI PARA FILHA
Os seus vinte e dois anos são exatamente
O tempo do momento que ficou atrás
Mas neles, à minha frente, nunca se desfaz
Uma eterna criança que alegremente
Está sempre presente e ainda me compraz
Nesse espaço de tempo de forma pungente
Sempre reduz o olhar a uma mesma semente
Ao contemplar em nós o que Deus é capaz
Ele que faz na alma, as vezes tão demente
Cantar n’alguma estrofe: “te amo demais”
Ante nossa existência tão enfurecida
Julinha, minha querida, eu te quero mais
Além de todo o instante dou-te minha vida
E sinto sua ferida, pois eu sou seu pai.
Niterói, 03 de julho de 2009.
Por ocasião do aniversário da minha filha.