TULIPA
Em cada esquina és majestosa e fina
Desejo por que meus olhos vacilam
Errantes pelo corpo que alucina
Em carícias febris as chamas gritam
A pele cresta delicadamente
Na noite em que tuas coxas são os astros
Constelada com a luz do teu ventre
Bandeiras acenando de altos mastros
Por entre pétalas da humana seiva
Flor da paixão talvez, fusão gostosa
Sangrando em riso, mas é só manteiga
Que do teu lábio de princesa fale
Tão forte que até teu cheiro aqueça
Na sílaba que espero e que me cale