TULIPA

Em cada esquina és majestosa e fina

Desejo por que meus olhos vacilam

Errantes pelo corpo que alucina

Em carícias febris as chamas gritam

A pele cresta delicadamente

Na noite em que tuas coxas são os astros

Constelada com a luz do teu ventre

Bandeiras acenando de altos mastros

Por entre pétalas da humana seiva

Flor da paixão talvez, fusão gostosa

Sangrando em riso, mas é só manteiga

Que do teu lábio de princesa fale

Tão forte que até teu cheiro aqueça

Na sílaba que espero e que me cale

Miguel Eduardo Gonçalves
Enviado por Miguel Eduardo Gonçalves em 12/06/2006
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