O GARIMPEIRO
Por muito que perquira e ande noite e dia,
não acha, o garimpeiro, o sonhado diamante
- aquele em cujo encalço a existência poria,
de garimpo em garimpo, o olhar mais perscrutante.
De longe vem andando e cavando, à porfia
de um tal diamante raro, o mais alvo e brilhante,
o mais perfeito e puro. E apenas um daria,
não a fortuna só - a glória em um instante.
Sem bamburrar jamais, sem passar o mosquito,
constante desde moço, o garimpeiro que eu cito,
tanto mais anda e cava, agarrado à esperança.
E cava e anda, e anda e cava o garimpeiro,
em busca do diamante, o seu, o verdadeiro,
alvíssimo e brilhante... E de cavar não cansa!
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