Sonetos de liberdade – 3. Um erro
Um erro – o vício é uma falsa liberdade
A mão que chama a sair pela vida
Eu quase estive a enganado apertá-la.
Vil sedução de tamanha perfídia
Promessa eterna que nunca se cala
“Livre serás, se me deres guarida.
Tu não precisas do sério, da sala
cheia de livros, sem tuas bebidas.
Essa é a conduta da mente que é escrava.
Vem já comigo, bom homem, viver.
Vem contemplar as imagens sem ser.
Vem, serás amo; mais nada é proibido.”
“Foge de mim, ilusão de vencer”,
digo, “contigo coloco a morrer
A liberdade que levo comigo”.