Soneto XXVII
E abro meu sarcasmo ao fechar meu pranto
A chaga pesa o coração que sente
Perdido, parado ao passo que planto
Labirinto igual ao evento que mente.
Turvas brumas de pélagos somente
Na espiral irregular do amor santo
Ela era mestra na arte jovial silente
Fluía nos antídotos do amor ao encanto.
Nas contrações, de lúbricos desejos,
Na volúpia do aroma dos teus cheiros
Uma delicada lascívia nos beijos.
O ventre aparente em vagos arteiros
Na fúria dita dos gozos primeiros
Da paixão brota um amor de sobejos.
HERR DOKTOR