Ingratidão e perdão
Dessa aventura saio fatigado
Já sem ventura, de peito vazio
Estraçalhado pelo aço frio
Esvaziado pela vil espada
Assim, dizendo o que ficou na estrada
Nenhuma lágrima, nenhum sorriso
Nenhum inferno, nenhum paraíso
Somente a culpa que me foi lançada
Em julgamento à minha revelia
Fui condenado a ter a boca atada
Enquanto todo o povo escarnecia
Em inteligente e sacra gargalhada
Cuspindo fel na alma que jazia
Mas perdoava-os sem dizer nada
06-08-2009
Célio Fontoura