Soneto Funesto
O meu sonho perdeu se nas sombras da morte, implacável!
E meus olhos correram pelo abismo, à frente.
Minha fronte vestiu se de um pânico imensurável.
Vi meu destino e aceitei-o simplesmente.
Por onde quer que eu corra não fugirei nunca.
Pois o espelho prateado dos teus olhos insensatos
Perseguirão-me até a triste tumba
De meus erros manifestados...
Deixarei me ir, com toda a culpa que carrego.
De braços abertos enterrar-me-ei.
Pois tudo que devo, eu não nego!
Nenhuma lágrima cairá por mim
Nem os demônios do meu passado
Chorarão pelo meu triste fim...