Indiferença...

Tu sabes, sei, embora me desprezes tanto,
Que muito nos amamos e eu te amei, querido!
Que fomos tão felizes noutro tempo ido,
Tão prenhe de fulgor, de paz, de doce encanto!

Tu sabes que por ti, também rolou meu pranto,
Que foste minha estrela, luz, calor, sentido...
Sabemos nós do louco amor, enfim, vivido!
Do fogo da paixão, presente em cada canto!

E se hoje ostentas não sentir por mim mais nada,
E, indiferente assim, tu passas, tão silente...
Nosso passado, onde fores, vai contigo...


Eu fico muda, tão sentida e tão calada!
Porque o passado, para mim, é dom, presente...
Que tanto prezo e nesta vida só bendigo!


Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 05/08/2009
Reeditado em 24/04/2023
Código do texto: T1737895
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