João de barro!
 

Oh! Bem-te-vi que, inflando o peito, canta!
E tanto canta e canta sem parar,
parece até que vai rasgar garganta,
e que não vai também jamais calar!
 
O teu cantar tão lindo, que acalanta,
segundo diz a lenda é p’ra chamar
a tua fêmea que, distante, encanta
e vem, de longe, para te encontrar!
 
Então tu calas quando chega a bela!
E assim me ponho aqui a repensar
que, como tu, eu bem podia ser...
 
Eu cantaria assim canção singela,
por muito tempo firme e sem cessar,
chamando o meu amor, meu bem querer.

Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 04/08/2009
Reeditado em 11/01/2013
Código do texto: T1735458
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