Coração que não mais empederne
01-08-2009
Teu rosto, por vezes, foi-me patibular.
Indiscreto, lhe vi.
Aos poucos, passei-lha a admirar.
Pelo viés da vida, tornei-te mais que Davi.
Não quis-te mais lá;
Busquei-a, passei a lobrigar
Teus encantos para cá.
Em pequeno devaneio, pus-me a esperar.
Assumo que menos entendo
O sicário empedernir
Do meu antigo coração doendo.
Mas hoje sou uma lágrima
E, com temperança,
Hei de nevar vossos olhos: não haverá, a circular, tristeza alguma.