Fim de tudo

Silêncio, por favor, a noite é fria,
minh’alma vaga pelas brumas densas,
andeja triste, exausta, fugidia,
está bem longe, mais do que tu pensas;

distante vaga, mira, pensa e espia
o corpo meu mortal, minhas descrenças,
cansado de viver sem fantasia,
em meio a tantas críticas, ofensas.
 
Silêncio, por favor! Na noite escura
minh’alma peregrina triste chora,
no véu da noite fria vaga só.
 
Sem ilusões, sem íntima candura,
não sonha mais, só pensa em ir-se embora,
no cosmos se perder, tornar-se pó.
 
Cuiabá, 02 de Agosto de 2009.
Seivas d'alma, pág. 102


 
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 02/08/2009
Reeditado em 17/08/2020
Código do texto: T1732632
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.