ONDE SEPULTEI OS MEDOS?

 
Há tanto senão na aparente placidez
Do rosto travestido em clara meiguice
E por trás da irreverente meninice
Sonhos morrem no estéril solo da aridez!
 
Singulares medos são expressos na tez
Mas, seguem insondáveis na ampla planície
Submersa pelo lodo e extrema imundície
D’alma afastada do fulgor e limpidez!
 
Ampara-me nesse momento de insensatez
Aonde enveredo tão cega e demente
Tentando arrancar o receio insurgente
 
Em arroubos duma suposta intrepidez!
E enterrando os rescaldos da minha altivez
Repouso na cova da dor indigente!