Longa madrugada... 


De arcabouços carcomidos, estafados e ansiosos
Envolto a asperezas dissonantes das notas dum jazz
Náufragos embevecidos de pensamentos nervosos
Entre libar dum rubro tragado o debilitar que satisfaz...

Embalados a canções balouçadas de eus silenciosos
Buscando quem sabe onde, o acalentar de seus ais.
Lágrimas que vertem nas faces, de vultos curiosos
Providas de ilusos perdidos, balizados no olhar fugaz...

Na disfarçada melancolia, a corroer tantos corações ociosos. Fundeados no ar denso, mitigando canchas de templos e sagas, Definindo os semblantes, almas mortas de sonhos preciosos...

O fulgurar mesmo que diuturno o alvorecer dos sorrisos
Entre cinzas espalhadas sob as guimbas. Na brasa voraz,
O arder da musica, sons alcoolizados, afligindo orgulhosos.

“A Poetisa dos Ventos”
Deth Haak

9/o6/2006

Deth Haak
Enviado por Deth Haak em 10/06/2006
Reeditado em 12/06/2006
Código do texto: T173026