ECLIPSE DE INVERNO

Oculta-se a lua de cor imprecisa

Por sob o eclipse do inverno arredio...

Que tinge de cinza o horizonte infiinito

Na noite de timbre silencioso e vazio.

No vento que sopra ares frios cortantes...

Opacas estrelas repousam ao léu

Luminosidade dos versos de dantes?

Talvez o caminho pra eu compor novo céu.

Mas a inspiração me hiberna no peito

Que há tanto tempo não sabe o que é luz!

E mesmo a poesia de coração refeito

Tropeça no passo que a ti me conduz.

Caminhos de noites de inverno ofuscado

Que segue calado...na rima que reluz.