Meu pai
 
Quando olho sua foto no porta-retrato
Um filme percorre toda minha mente
Uma dor profunda meu coração sente
Ao reviver na história, seu triste passado.
 
Uma vida vivida num intenso sofrimento
O alcoolismo destruiu seu Ser, seu casamento. 
Homem que mesmo doente nunca deixou de amar
Os filhos eram seu orgulho, neles vivia a falar
 
Lembro seu jeito preocupado, um rosto cansado
Sempre evitando que os filhos o vissem bebendo
Acreditando que assim não desse mau exemplo.
 
Aos poucos a bebida ia-lhe consumindo a vida
Separando-o daqueles o qual ele tanto amava
Até que certo dia nos deixou na beira de uma estrada.
Ataíde Lemos
Enviado por Ataíde Lemos em 31/07/2009
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