Necrológico III
Nos desolados cemitérios, onde
O arcano vigia o morto delirante
Morreu o ensejo, no desejo errante
Silva a serpente e na maldade esconde.
N’alma a perturbação nada responde
Flui a treva de um acerbo dominante
No compasso, escasso, o laço asfixiante
Na rítmica censura a dor se esconde.
Triste espectro na neblina temporal
No além dos passos os teus sonhos lassos
Na cadeia de sofrimentos esparsos.
Lacrimoso desolador dos espaços
No permanente inverno a luta ancestral
Jaz nos pés do inferno a celeuma espectral.
HERR DOKTOR