SONETO DA SAUDADE

A lágrima que cai, não surgiu só da dor

Vem também do rastro da tristeza de um coração

Que se esvae na impossibilidade de sentir teu calor

E domína a alma e inunda o peito de paixão

O peito que transborda essa louca paixão

Muitas vezes se alegrou, e sentiu felicidade

E se aventurou nesta doce sensação

Mas quando acaba a euforia, se enche de saudade

Salte às águas da imaginação, lança-te ao mar

Me deixe sentir as ondas desse amor

Pois por onde andas, não vais achar

Afaste-se deste rebento de penhascos pontiagudos

E busque nas náus a deriva o teu abrigo,

E terás teu premio, provar o doce dos lábios carnudos