Bucolismo
Nos pobres versos que, feliz, componho,
Eu cantarei, confesso, a vida inteira,
A natureza, minha mãe primeira,
Feita de tons, de meio- tons, de sonho!...

Não pode haver, p’ra mim, versos sem sol,
Sem mar, sem luz, sem pássaros, sem brisa,

Sem o cair da tarde que agoniza,
Sem flor desabrochando no arrebol.

 
Não há poesia, enfim, sem tanto encanto,
Sem rios, sem cascatas, sem esplendor,
Sem lua, sem estrelas no universo!
 
E no tanger da lira busco o canto
Que expresse tanto encanto, luz, fulgor...
E,sem pudor, transformo tudo em verso!
 
Antonio Lycério Pompeo de Barros e Edir Pina de Barros
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 28/07/2009
Reeditado em 28/07/2009
Código do texto: T1723759
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