TRANSPARÊNCIAS
Nas entranhas do ventre ainda imerso,
procura lastro o lasso corpo meu,
passageiro do tempo, que perdeu
o caminho dos passos no universo.
Imerso em mim, em cismas submerso,
cria do vulto do meu próprio eu,
desde quando o amor me concebeu,
não escuto, não vejo, não converso.
Do útero nas águas transparentes,
levito em braços fortes, envolventes,
que me despertam crenças no futuro.
E quanto mais levito, mais me inundo
do sentido de paz em novo mundo
etéreo, transparente, casto e puro!
Odir, de passagem
Nas entranhas do ventre ainda imerso,
procura lastro o lasso corpo meu,
passageiro do tempo, que perdeu
o caminho dos passos no universo.
Imerso em mim, em cismas submerso,
cria do vulto do meu próprio eu,
desde quando o amor me concebeu,
não escuto, não vejo, não converso.
Do útero nas águas transparentes,
levito em braços fortes, envolventes,
que me despertam crenças no futuro.
E quanto mais levito, mais me inundo
do sentido de paz em novo mundo
etéreo, transparente, casto e puro!
Odir, de passagem