Charme da morte
Vai-se meu único amor na sangria
Da noite... Minh’alma, também, sem cor
Expira nesse instante de agonia
A chorar: _Sou uma defunta flor!...
Fragrância de velas no corpo amado
Travam-me o sorriso do coração
(Resta-me o canto da morte)!... Então
Meu seio murcha e pende enfeitiçado
Assim saio da vida que se sonha...
Em que outrora ergui cálices ao amor!...
A alma, olhos plácidos, sem dor...
Pulsa num último olhar... Em vão!...
Profiro adeus aos meus!... A morte_a mão
Estendida a me chamar!... Parto... Risonha!...