POETA-PÃO

POETA - PÃO

Ainda não nasceram as palavras

Que haverei de cantar-te agradecida

Pla colheita dos versos que aqui lavras

Poeta-amigo, pão da minha vida!

Tuas letras são remédio que aduba

Tua seara – mente e coração

Tua pena o ancinho que derruba

Ervas daninhas – dor e solidão

Ervas desse teu chão e meu também

Que igual solo habitas como eu

Filho que és da mesma terra-mãe…

Ou não sejas, poeta, o meu irmão

Que o mesmo amor Divino concebeu

E que enlaçou na tua a minha mão!

In E-Book "Sonetos"

Carmo Vasconcelos
Enviado por Carmo Vasconcelos em 08/06/2006
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