EU NÃO SABIA
No jardim da esperança, tão florido,
À luz do céu em azulado manto,
Ela passeava num lindo vestido
Regando as flores com seu triste pranto.
Perguntei por que o choro tão sentido,
Não respondeu, e no silêncio santo
Escondeu o sofrer subentendido
E foi embora com o seu encanto.
E nunca mais voltou... Tenho sofrido
A rústica saudade, tanto, tanto,
Quando ela me chamava: “Meu querido”.
Era, pra mim, esplêndido acalanto.
Eu não sabia que na vida, a dor
Está sempre onde existe muito amor!