SONETO DE JULHO
Meus tempos de sobrevôo parecem morrer,
Desbastaram as asas do anu poeta e cantor,
E as monções da felicidade que iam a volver,
Retornam em balaústres de um viveiro de dor!
Mas o arauto e profeta dos dias do amanhã,
Olhou-me firmemente envolto em luz de alvor,
E disse-me que o sacramento do mais alto afã,
Será jurado aos pés daquela que eu ver em cor!
O conforto então arrebatou este coração penado,
Já tão arredio de frustrações de amor baldado,
Por ontem serem brigas e incompreensões.
Porém reflito que o ano pode ser talvez separado,
Quem sabe em meses ou dias, quiçá casados!
Porquê de admirar meu Julho de estações!