Soneto de finalidade
Os passageiros da primeira estação da linha férrea
Ou mesmo os portadores da maldição de Cronos
Respiram do mesmo espírito e da mesma matéria
Como os sábios da física, como de natureza, os tolos.
Os homens de longos panos e promessas em castidade
Primam da vergadura temporal, no obedecer da consciência.
Assim como os cultos sábios incrédulos da imortalidade
Aplaudem da história, em sua constância o fruto da ciência.
Da explosão ao sopro do auge, da pedra a certeza da era,
Máquinas e lobos, homens e flores vivem e desvivem
Sob a mais certa e única empresa posta nesta terra
Não importa ser ouro, oceanos, céu ou ideologia
Tudo criado do nada faz o todo quem em nada acaba,
Todo e nada que de inicio e fim tudo será um dia.