NA MINHA ROÇA
É noite. O vento uiva lá na cumeeira,
Bate às janelas como um viandante
Que busca abrigo num lugar distante...
E em meio a bambuais, voz agoureira.
Tudo ouço fixando minha rede
Nos grampos encravados na parede,
Sem medo que houvesse alguém ali...
Deito em minha rede e vou dormir.
Lá na cidade não há nada disso.
Quando se ouve um barulho é bicho
Que vem roubar do mísero o pão.
Aqui eu tenho ao luar um rancho,
E essa rede onde eu descanso,
E a guarda eu confio no meu cão.