Amor esquecido

Amor esquecido

Sei que todo amor confuso, um dia, há-de morrer!

Quem pensa que isso é impossível se engana,

Até em outras eras, tendo os afetos que vos fana...

Porque cego é dos olhos, não vê que vai viver!...

Bem sei que aos céus é destinado o amor do ser!...

Mas o engano dos bens carnais a todos empana,

Sem ambicionar o verdadeiro, que vos encana

Como preciosos amores, que nascem pra se exceder!

Passamos à vida inteira... destinados a amar!

Amamos as estrelas, a carne, a terra e o mar...

Numa vultosa ambição que nos frauda o existir.

Então, deixamos de ansiar o amor precioso!

O maior de todos os amores, o mais formoso...

Aquele que aos quatro cantos da terra há-de vir!

(Dolandmay)

Dolandmay Walter
Enviado por Dolandmay Walter em 22/07/2009
Código do texto: T1713298
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