Amor esquecido
Amor esquecido
Sei que todo amor confuso, um dia, há-de morrer!
Quem pensa que isso é impossível se engana,
Até em outras eras, tendo os afetos que vos fana...
Porque cego é dos olhos, não vê que vai viver!...
Bem sei que aos céus é destinado o amor do ser!...
Mas o engano dos bens carnais a todos empana,
Sem ambicionar o verdadeiro, que vos encana
Como preciosos amores, que nascem pra se exceder!
Passamos à vida inteira... destinados a amar!
Amamos as estrelas, a carne, a terra e o mar...
Numa vultosa ambição que nos frauda o existir.
Então, deixamos de ansiar o amor precioso!
O maior de todos os amores, o mais formoso...
Aquele que aos quatro cantos da terra há-de vir!
(Dolandmay)