DILEMA

Oh! Flor do céu! Oh! Flor cândida e pura!

De tão leve textura, que no mar da vida flutua.

E eu cá pelas ruas, andando, minha mão segura,

com muita ternura, o peito onde a imagem tua

se apresenta nua, como amor sem jura!

Pois só tu fulguras em meu ser e peço restitua

o amor que pactua, da vida, alegria e agrura,

que na procura, minh’alma a ti se insinua.

Dia ou noite escura, corre o martírio sem fim,

sem amainar e assim, na espreita de uma falha,

que seja ao menos uma migalha, do destino p’ra mim,

nesta luta de espadim, com a paixão que amealha

prazeres e sofreres, valha, realmente chegar ao fim...

Perde-se a vida, mesmo assim, ganha-se a batalha!

Marcos Costa Filho
Enviado por Marcos Costa Filho em 20/07/2009
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