Cavalgada
Sob a janela uma serenata de pardais
Anuncia novo e doce amanhecer
Buscamo-nos outra vez sem nos conter
Debaixo dos lençóis com detalhes florais
Viagem percorrida com extrema avidez
Cenas eróticas, prazer louco, sem pudor
Cavalgamos sôfregos nos braços do amor
Entre nós não há espaço para talvez
Manhã intensa repleta de gemidos
Mistura de saliva, beijos e carinhos
E palavras sensuais em nosso ouvido...
Nada lá fora existe ou tem sentido
Percorremos sinuosos caminhos
Adormecemos sem alarde, aturdidos.