Escultura

Escultura

Um quiosque numa praça quase deserta

Abrigou os encontros noturnos a meia luz

Pautou meu querer numa cobertura que seduz

E fez-se vida num poema em hora incerta

Sombras vagam no lugar dos amantes

O vazio é memorável porão da saudade

Rasgando o peito com tempero de maldade

Sob o mistério de várias estrelas rutilantes

Silencio na alma, noite triste e escura

O vento desatou todo e qualquer laço

Traçou enigmático quadro sem pintura...

Lembrança apenas... lembrança que tortura

O amor virou tosca figura de mero palhaço

E nas mãos de um artista virou escultura.

Norma Bárbara
Enviado por Norma Bárbara em 18/07/2009
Código do texto: T1705855
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