LÍRICO ENIGMA
Que clave abrigas nessas belas partituras
e tão suaves lavras? Que enigma tu apuras,
que permeia o acorde melodioso e a sós,
espargindo sons angelicais de tua voz?
Será o arcano dessa melodia celeste
o mesmo arcano que faz dessa vida um teste?
Ah! Mas, é a perfeição das tuas entrelinhas
e o doce toque ensejado em tão leves linhas...
Que inspiram à poetisa um terno poema,
e a enamorada um canto para o ser amado.
Quão delicadas surgem então, essas rimas...
Que nome mais arguto não houvera em cena.
E chamaram-te do jeito mais delicado
de ¨Soneto¨. A maior de tantas obras-primas.