Amada adormecida

Vejo-te longínqua e, tão distante

Inefável, angelical, formosa

Tão inocente e maravilhosa

Palpitando sempre, incessante.

Dormes um sono, sutil errante

Não vês minha entrada estrondosa,

Nos seus sonhos, e tênue, medrosa

Não sentes meu calor apaixonante.

A sua forma iluminada

Como fulvos raios és mui quente

Acorda!Ó minha doce amada...

Aproxima de mim seu corpo ardente

E assim continue deitada...

No colchão de nuvem, eternamente!

11/04/2008

Machado dos Santos
Enviado por Machado dos Santos em 16/07/2009
Código do texto: T1703512
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