Amada adormecida
Vejo-te longínqua e, tão distante
Inefável, angelical, formosa
Tão inocente e maravilhosa
Palpitando sempre, incessante.
Dormes um sono, sutil errante
Não vês minha entrada estrondosa,
Nos seus sonhos, e tênue, medrosa
Não sentes meu calor apaixonante.
A sua forma iluminada
Como fulvos raios és mui quente
Acorda!Ó minha doce amada...
Aproxima de mim seu corpo ardente
E assim continue deitada...
No colchão de nuvem, eternamente!
11/04/2008