Amor na Transilvânia

Fostes a cousa mais amada
Da têmpera da minha vida
E transformates com o tempo, mastigada
Nas mandíbulas do amor: comida

Morrestes em meu peito - és cicatriz
Necessário foi que se findasse
Insanidade pura, ao invés de flor dá-se raiz
É - se um dia ainda a amasse

Lampeja nesse instante um pensamento doudo:
A sede que eu sinto, amar até o infinito,
Não é ser vampiro? Eu te mordo!

Escutas o fim do mundo? Pois vem chegando...
Vamos nos esconder em algum lugar bonito
E esquecer dos disparates da vida simplesmente nos amando.


Guilherme Sodré
Enviado por Guilherme Sodré em 16/07/2009
Reeditado em 17/07/2009
Código do texto: T1703287