Soneto XXII

Na poesia sublime da mente sana

Atropelando a utopia eu sonhava

Cego tanto cria na musa que amava

Numa imortal expressão desumana.

Nos inúmeros despertares a ufana

Essência pícara assim me marcava

Temperamento escravo dominava

No báratro escuro da vida humana.

Dos deleites só o que sobra são enganos

Na sede insaciável dos vis profanos

Nos afagos das Ninfas os sabores.

Na morte da sorte desses amores

Um momento no paraíso das dores

Saiba renascer das cinzas dos anos.

HERR DOKTOR

HERR DOKTOR
Enviado por HERR DOKTOR em 16/07/2009
Código do texto: T1702863
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