Soneto pela vida
Não te sagro lágrimas para falar
De meu padecer; são gotas nascidas
De um querer bem... De um triste pesar
Que se planta no espírito entre lidas
De nossa vida. Essa que por vezes
Rouba os sonhos... Que nos turva a visão
Diante do irmão (:) Em fingir surdezes
À fala de um infeliz coração
Não te oculto este choro no rosto
Digo-te sim, de um olhar aqui posto
Dentro de minha alma. Que já tarda
Ao homem orar aos anjos da guarda
De nossas crianças... De nosso futuro...
Chora comigo, amor, tudo está escuro...