Parado às vezes sem saber aonde ir...
Parado às vezes sem saber aonde ir
Me salta aos olhos e à idéia um interesse
Que me dispõe a um pôr-do-sol de persistir
De após estar num intensamente florescer
Como quem sabe do mais alto e puro ouvir
Era o crepúsculo de um sonho que viesse
Tão embalado em luz quanto uma carta a vir
Trazer de súbito o melhor do acontecer
Pois a beleza que banhava o meu ser
Que porventura sob as vestes sendo um mar
Bravio, rebelde, de enfeitiçar desejos
Em tal rubor se colorindo esse prazer
Até meus olhos se cerravam do ofuscar
Ante as faícas que emergiam desses beijos