Parado às vezes sem saber aonde ir...

Parado às vezes sem saber aonde ir

Me salta aos olhos e à idéia um interesse

Que me dispõe a um pôr-do-sol de persistir

De após estar num intensamente florescer

Como quem sabe do mais alto e puro ouvir

Era o crepúsculo de um sonho que viesse

Tão embalado em luz quanto uma carta a vir

Trazer de súbito o melhor do acontecer

Pois a beleza que banhava o meu ser

Que porventura sob as vestes sendo um mar

Bravio, rebelde, de enfeitiçar desejos

Em tal rubor se colorindo esse prazer

Até meus olhos se cerravam do ofuscar

Ante as faícas que emergiam desses beijos

Miguel Eduardo Gonçalves
Enviado por Miguel Eduardo Gonçalves em 05/06/2006
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