POR TE AMAR(?)
Ah, essas nossas enormes diferenças
Que se perdem quando deitas no meu leito
E afoga-te em prazer no suspirar do peito
Arfante por libertinagem e querenças!
Sem importar o passado ou tuas crenças
Fui enfeitiçada na indolência dum jeito
De ser safado, libertário e imperfeito
Adornando-me as manhãs vazias ou intensas!
Em meus olhos estão claras as evidências
Da ternura tão doce quanto leviana
Que, em nome da saudade, torna-me profana
No intuito de alentar as fundas carências!
Faço-me, pois, mouca às severas advertências
E ignoro uma realidade que não engana!
ps.: amo as nossas diferenças... e o imperfeito foi sentido poético...rs