O PONTO ONDE NÃO HÁ RETORNO

 


Observa-me a folha de papel branca e fria
A desdenhar duma ausência total de emoções!
Tornando-me mais uma entre as vastas legiões
Dos que caminham sobre as cinzas da alegria!
 
Pudesse, oh, Deus, sufocar a ânsia tardia
E extirpar dessas entranhas as incompreensões!
Reencontrando em meu interior velhas vibrações
E libertar a alma da noite sombria!
 
Amei na luminosidade do dia
Porém, violentei as límpidas aspirações
Rumando, por escolha, aos braços de ilusões
 
Dispostas em falso encanto e rebeldia!
Atingindo o ponto onde resta a agonia
De não se enxergar além das degradações!