Desperdício

Na lixeira do rico o alimento
que se esbanja na casa do “nobre”
mas que tem na cabeça só vento,
preconceito que nunca se encobre.

Até pão, alimento de pobre,
lá se vê, decompondo, ao relento,
muito mais por ali se descobre,
revirando seu lixo nojento.

E meninos perdendo a inocência,
sem escola, com fome e sem pão,
revirando o indecente lixão!

Que injustiça! Tamanha indecência!
as pessoas sem lar, assistência,
e essa gente arrotando faisão.

 

Livro: Cantos de Resistência, pg. 62

Soneto eneassílabo (nove silabas poéticas) com as tônicas nas sílabas 3,6,9)
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 12/07/2009
Reeditado em 27/07/2020
Código do texto: T1695656
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