MAIS UM CALVÁRIO
Não podes mais ser minha, quão triste é esta hora,
Não tenho mais onde pousar a fronte,
Partiste a minha alma ao ir embora...
E o fumo apagou meu horizonte.
Estou sem rumo como a nau perdida,
Creio na vida, mas perdi o gosto,
De amargas ilusões estou vencido.
Não há caminha a frente a ser transposto.
Não há mais borboletas sobre as flores,
Não há desejos, sonhos, e nem a fome,
Só uma dor na alma me consome.
Não há mais esperanças, nem amores,
Nem planos, tudo em mim está perdido...
E murcho, quase morto ainda vivo.