Vislumbrações de um amor maldito...
Sou o espectro refletido no espelho, um letra sobre a folha morta
Trazendo a tono as vislumbrações de poeta maldito,que chora,
No altar dos condenados aos desejos impuros, caío ante ao meu eu
E me encontro mergulhado em doses amargas do vinho nosso de cada dia...
No semblante trago as cicatrizes expostas ao horror do amor
Nos punhos as marcas dos grilhões que se romperam com a partida
Na boca trago a língua afiada, para gritar e levar a morte do amor
Que agora se acaba como chama que queimou meus dias solitarios
Estou caído, mas não morto, sangro como há um porco selvagem ferido
Que não desiste de lutar por sua vida, não me condenes por isso
Pois já morri outras vezes, e ele não conseguiu me levar, o amor...
Não me tenha pena, e nem peça a seus deuses que a tenha por mim
Siga seu caminho, e como há um cão moribundo na estrada, me olhe
Que de migalhas esse corpo já vive condenado ao tormento...