VENTOS OUTONAIS
 
Primícias de outono ao sol dourado,
Prazeres que se fundem ao desejo,
Das folhas pela grama – um benfazejo –
Ao nostálgico chão todo orvalhado...
 
Outono nesse céu de azulejo,
O pensamento agora é ser alado,
Escreve numa nuvem seu recado,
Em forma de canção num terno beijo...
 
Mas a canção é a alma que declama,
Nas vibrações dos ventos outonais,
A flor que agora nasce a verde rama...
 
E parte já um pedaço de mim,
Na brisa que esvai-se contumaz,
E uma tristeza fica logo, enfim...
 

09/07/09

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Gonçalves Reis
Enviado por Gonçalves Reis em 09/07/2009
Código do texto: T1691511
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