Céu sem estrelas

Hoje não tem estrelas no céu, está negro o céu

Como a noite entre as montanhas que se espalham

Próximo ao mar, perdendo-se no intenso breu

Com neblina branca, que na madrugada cintilam.

O som do vento entre muitas janelas solitárias e eu

Procuro uma estrela qualquer que do escuro escorram

Em direção ao labirinto formando um grande escarcéu

Da coruja com o sopro do vento que de instante brigam.

Está amanhecendo nenhuma estrela na janela apareceu

Nem a mais pequenina de todos os dias, vizinha da lua

Nem dela a mais distante, brilhante, rainha iluminada

O sol vem surgindo e leva desta madrugada o desejo meu

De penetração na mais fosca estrela indigente na noite nua

O sol saiu entre as montanhas revelando à esquina agonizada.