Soneto n.82
POEMA RETIRADO PELA AUTORA PARA O LIVRO PRIMEIRA ESTRELA
Poeta nascido em Setúbal 15.9.1765 - morto em Lisboa 21.12.1805).
Neto de um marinheiro francês, assentou praça, e dois anos depois passou a servir na Marinha, tendo embarcado para Goa. Irrequieto e aventureiro, foge para Macau, donde regressou a Lisboa. Ai entregou-se à vida de boêmia. Tendo entrado na Nova Arcádia, adotou o nome Elmano Sadino.
Desordenado nos costumes, é preso por desrespeito ao rei e à Igreja, cumprindo a pena no Hospício das Necessidades. Em 1799 recupera a liberdade, passando a viver de expedientes honestos. Teve uma dolorosa mas consciente e regeneradora despedida da vida. Morreu de um aneurisma. Convivendo com o espectro da morte, escreve febrilmente numa luta contra o tempo.
Irmão de Camões na «má fortuna», nas andanças pelo Oriente e nos amores infelizes, foi, talvez, o maior poeta português do séc. XVIII. Publicou os três volumes das Rimas.
Se a moldura formal é árcade, a temática é já pré-romântica e mostra o homem ora marcado pelo destino para a desventura, ora esforçando-se por vencer a fatalidade, conciliando amor e ódio, céu e inferno, morte e libertação.
O aspecto satírico da sua personalidade e a vida boémia que o estigmatizou ocultam o ser que nele sofria atormentado pelo desejo de um maior aperfeiçoamento interior.
Aos 39 anos, depois de uma vida de angústias, prazeres, sofrimentos, paixões - um devasso cheio de desprezo pelo próprio ser físico, no despontar do séc XIX, desistiu de viver, tendo a literatura portuguesa perdido um dos seus mais genuínos poetas - uma personalidade plural que, para muitas gerações, encarnou o símbolo da irreverência, da luta contra o despotismo e modelo de humanismo integral.
Escreveu alguns dos mais belos sonetos da Língua Portuguesa.
A solidão, o sofrimento, o amor/ciúme, o belo/horrível, a morte, são alguns dos temas que trata, de acordo com o próprio infortúnio da sua vida.
POEMA RETIRADO PELA AUTORA PARA O LIVRO PRIMEIRA ESTRELA
Um pouco sobre Manuel Maria Barbosa du Bocage
Poeta nascido em Setúbal 15.9.1765 - morto em Lisboa 21.12.1805).
Neto de um marinheiro francês, assentou praça, e dois anos depois passou a servir na Marinha, tendo embarcado para Goa. Irrequieto e aventureiro, foge para Macau, donde regressou a Lisboa. Ai entregou-se à vida de boêmia. Tendo entrado na Nova Arcádia, adotou o nome Elmano Sadino.
Desordenado nos costumes, é preso por desrespeito ao rei e à Igreja, cumprindo a pena no Hospício das Necessidades. Em 1799 recupera a liberdade, passando a viver de expedientes honestos. Teve uma dolorosa mas consciente e regeneradora despedida da vida. Morreu de um aneurisma. Convivendo com o espectro da morte, escreve febrilmente numa luta contra o tempo.
Irmão de Camões na «má fortuna», nas andanças pelo Oriente e nos amores infelizes, foi, talvez, o maior poeta português do séc. XVIII. Publicou os três volumes das Rimas.
Se a moldura formal é árcade, a temática é já pré-romântica e mostra o homem ora marcado pelo destino para a desventura, ora esforçando-se por vencer a fatalidade, conciliando amor e ódio, céu e inferno, morte e libertação.
O aspecto satírico da sua personalidade e a vida boémia que o estigmatizou ocultam o ser que nele sofria atormentado pelo desejo de um maior aperfeiçoamento interior.
Aos 39 anos, depois de uma vida de angústias, prazeres, sofrimentos, paixões - um devasso cheio de desprezo pelo próprio ser físico, no despontar do séc XIX, desistiu de viver, tendo a literatura portuguesa perdido um dos seus mais genuínos poetas - uma personalidade plural que, para muitas gerações, encarnou o símbolo da irreverência, da luta contra o despotismo e modelo de humanismo integral.
Escreveu alguns dos mais belos sonetos da Língua Portuguesa.
A solidão, o sofrimento, o amor/ciúme, o belo/horrível, a morte, são alguns dos temas que trata, de acordo com o próprio infortúnio da sua vida.
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Textos coligados e bem editados por mim
Textos coligados e bem editados por mim