SETE NATAIS
Minha alma pobre e sentida
Sente ciúmes dos anjos
Que nos natais com seus banjos
Deixa-lhe tão entretida.
São sete natais, mãe querida,
São setes natais de minha vida
Em desalinhos, em desarranjos,
E a senhora junto aos arcanjos?!
Perdoe-me por ser tão maldosa
Querendo tomá-la dos santos,
Eu confesso o meu pecado! ...
Mas é que eu ando tão saudosa,
Choramingando pelos cantos
Sendo egoísta um bocado.