Receios
Eu tenho medo e confesso
que tu te esqueças de mim,
e trago, no olhar, impresso
o receio desse fim...
E tanto abismo atravesso,
pisando espinho e cetim,
a esperar por teu regresso
meu amado querubim.
O teu amor é meu chão,
é meu prazer, meu sentido,
meu céu, meu mar e meu norte!
Mas trago no coração
um triste fim, pressentido,
uma sensação de morte!