Soneto do amanhã
O planeta não agüenta mais sujeira,
Bomba atômica, mísseis ou mais guerras,
As guitarras qual armas, cimitarras,
Megatons, puro som, guantanameira.
Quer a Terra mais trato de maneira
Mais suave, carinho para as terras,
Pois na marra o efeito só nos ferra
No silente deserto sem bandeira.
Para nós caberá uma terra vã,
Sem a vida propensa a dissabores,
No sofrer infinito enquanto dura...
Nosso fogo se apaga de manhã,
E se esquece uma vida de horrores,
Nessa rocha que gira sem loucura.